Fizeram análises distorcidas e julgavam sem pretextos
Quando
eu era criança eu dei as costas para a ignorância e para a astúcia, e mais
ignorância e mais astúcia tentaram me vitimar, e os detalhes são correntes
doentias que ultrapassam a pior mazela sexual, e de inocência, uma parafilia de
primeiro grau, e tentaram então provar
que eu jamais seria sábio, além do mais quase provaram que eu sou estúpido, e
pelas minhas andanças e mudanças, mesmo alegre e descontraído o que eu
encontrei foi a rispidez advinda da hipocrisia e sensível vingança do passado, sem eu ter ciência do grau desta
mesquinhes (mês) ademais aos acontecimentos do meu passado longínquo, fui
vítima de provocações, de induções perversas, e levei até um tapa no rosto, e
assim a vida foi áspera para mim, nenhum conforto pelos calos salientes que eu
fiz, e aquele mundo de encantos escondia mil perigos, eu ira pescar num rio
perigoso e que não tinha peixes, eu caminhava longos caminhos para chegar à Barrinha,
e eu não sabia a dor de um peixinho que eu levei para a casa e fritei.
Os
contextos diziam que existiam classes sociais, e eu morava numa casa grande, e
atrás vivia o grande quintal, quase uma roça, e não era uma roça porque eu
vivia plantando, eu plantava alface, rúcula, abobrinha, milho, cenoura, beterraba
e vagem. Eu arava com uma cortadeira.
Quando tinha sol, eu regava as plantinhas,
e este meu pequeno mundo de encantos não me diriam que ele não me pertencia, eu
era somente emprestado para ele, além do mais eu engraxava sapatos na rodoviária,
eu, o meu irmão Juarez, o Paulo Ramos, o Demétrio, o João Luiz disputávamos o
espaço, e eu comprei uma bola para que toda esta patota fosse jogar futebol num
campo que ficava bem longe dali, e ainda corríamos para nos exercitar.
Com
explanações filosóficas, as mazelas sociais teriam sido amenizadas, eu teria
valorizado mais Prudentópolis, iria estudar técnicas agrícolas, teria me casado
e tido filhos, teria sido um veiculador da política que cura, protegeria seus
rios e nascentes, perdoaria mais, mediria meus julgamentos, não teria medo de
gerar filhos legítimos, mediria minhas palavras, mas o mundo me chamou para me
mostrar que o meu gesto redundante de não aceitar a hipocrisia estava errado, e
quem meu Deus julgaria uma criança cheia de complexos como eu?
E
defronte a uma mazela os cuidados precisam ser maiores, mas jamais fraquejar
frente seu perigo sendo logicamente prudente.
Mas
eu não tinha acesso às informações, mesmo as sagradas, e mesmo as sagradas
existiam para a astúcia dos contextos que eu vivia, e assim eu era dirigido por
minhas reações cognitivas.
Tinha
sido vítima do desterro social, sem eu perceber, mas eu os perdoo, mas digo a
verdade, e de verdade em verdade eu viverei para sempre, mesmo sem Cristo que
procurou não existir em minha vida, pois para sua igreja eu era rico, e para os
ricos eu era pobre, e para os pobres eu era nazista, pois andava, na maioria
das vezes sozinho, mesmo que acompanhado. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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