segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Fizeram análises distorcidas e julgavam sem pretextos

 


Fizeram análises distorcidas e julgavam sem pretextos

 

 Fizeram análises distorcidas e julgavam sem pretextos

 

 

 

         Quando eu era criança eu dei as costas para a ignorância e para a astúcia, e mais ignorância e mais astúcia tentaram me vitimar, e os detalhes são correntes doentias que ultrapassam a pior mazela sexual, e de inocência, uma parafilia de primeiro grau,  e tentaram então provar que eu jamais seria sábio, além do mais quase provaram que eu sou estúpido, e pelas minhas andanças e mudanças, mesmo alegre e descontraído o que eu encontrei foi a rispidez advinda da hipocrisia e sensível vingança  do passado, sem eu ter ciência do grau desta mesquinhes (mês) ademais aos acontecimentos do meu passado longínquo, fui vítima de provocações, de induções perversas, e levei até um tapa no rosto, e assim a vida foi áspera para mim, nenhum conforto pelos calos salientes que eu fiz, e aquele mundo de encantos escondia mil perigos, eu ira pescar num rio perigoso e que não tinha peixes, eu caminhava longos caminhos para chegar à Barrinha, e eu não sabia a dor de um peixinho que eu levei para a casa e fritei.

         Os contextos diziam que existiam classes sociais, e eu morava numa casa grande, e atrás vivia o grande quintal, quase uma roça, e não era uma roça porque eu vivia plantando, eu plantava alface, rúcula, abobrinha, milho, cenoura, beterraba e vagem. Eu arava com uma cortadeira.

         Quando tinha sol, eu regava as plantinhas, e este meu pequeno mundo de encantos não me diriam que ele não me pertencia, eu era somente emprestado para ele, além do mais eu engraxava sapatos na rodoviária, eu, o meu irmão Juarez, o Paulo Ramos, o Demétrio, o João Luiz disputávamos o espaço, e eu comprei uma bola para que toda esta patota fosse jogar futebol num campo que ficava bem longe dali, e ainda corríamos para nos exercitar.

         Com explanações filosóficas, as mazelas sociais teriam sido amenizadas, eu teria valorizado mais Prudentópolis, iria estudar técnicas agrícolas, teria me casado e tido filhos, teria sido um veiculador da política que cura, protegeria seus rios e nascentes, perdoaria mais, mediria meus julgamentos, não teria medo de gerar filhos legítimos, mediria minhas palavras, mas o mundo me chamou para me mostrar que o meu gesto redundante de não aceitar a hipocrisia estava errado, e quem meu Deus julgaria uma criança cheia de complexos como eu?

         E defronte a uma mazela os cuidados precisam ser maiores, mas jamais fraquejar frente seu perigo sendo logicamente prudente.

         Mas eu não tinha acesso às informações, mesmo as sagradas, e mesmo as sagradas existiam para a astúcia dos contextos que eu vivia, e assim eu era dirigido por minhas reações cognitivas.

         Tinha sido vítima do desterro social, sem eu perceber, mas eu os perdoo, mas digo a verdade, e de verdade em verdade eu viverei para sempre, mesmo sem Cristo que procurou não existir em minha vida, pois para sua igreja eu era rico, e para os ricos eu era pobre, e para os pobres eu era nazista, pois andava, na maioria das vezes sozinho, mesmo que acompanhado. Autor Reginaldo Afonso Bobato

 

       

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