domingo, 16 de maio de 2021

Fome de honra

 


Fome de honra

 

 

 

Vou escrever, peço licença até a Deus, cumpro assim um desígnio real...

Começo com uma exclamação,

 Oh Deus dos miseráveis!

 Eu te faço uma prece, mas precisamos de pressa, a fome judia enquanto os bancos guardam o descanso do senhor para seus tataranetos ou até mais, seu sobrenome abrigará gerações que o herdarão, enquanto isso, seu moço me dê nuns trocos, peço socorro e por favor só corra, meu passado é impuro, minhas ações não tiveram valor, sinto muito a vida que me castiga, por favor me dê uns trocos e não olhe para meu passado, já passou.

                Oh Deus dos mártires e oprimidos, o que temer teu santo nome?

                A cruz é bonita pendurada ao peito, não lembrada profundamente como efeito de valor que deveria ser dada a ela, ninguém a quer, presto atenção nesse detalhe, convivo com ele, e a fibra do labor, a filha do clamor sentem a energia pulsar em suas veias, e já são quase onze, o mendigo exposto ao frio e ao julgamento ainda está embaixo das marquises a espera de inquirição e de um prato de comida. Autor Reginaldo Afonso Bobato

 

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