Olhares entrelaçados
Noite de lua minguante
me faz lembrar-se de seus sorrisos acanhados, mas abertos.
Uma densa
névoa então a cobre, e ao cair às gotas mansamente sobre as paisagens de uma
bucólica estação de inverno, aperta meu peito uma angústia porque nunca mais vi
seus olhos azuis, que o crepúsculo avisava que à noite, ficariam castanhos e a
meia noite, negros.
A luz dos
olhos meus, oh céus que perceberam eram reflexos de seus olhares tímidos,
imbuídos de se esquecem dos meus, ah como eu desejaria tocar seu semblante com
mãos de plumas, escorrega-las sobre as volúpias de seu corpo, fazer e conceder
pedidos, viver em fábulas e continuar
sempre do lado dela ao delinear ideais francos e verdadeiros pelo mínimo da
posse. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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