sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Um Rei, mano, sente...

 


Um Rei, mano, sente...

 

 

 

Hoje eu dirigi a pátria amada com os sorrisos de jovens senhores e jovens senhoras, anciãos e anciãs do templo, magnifica conjectura filosófica é quadro psicossocial que nos diz que a fidelidade ao que nos torna honrados é algo divino, mas eu me contive na minha humildade de quando eu era criança e cultivava a terra Brasilis, perto da soberba bíblica de um seminário que fora estranho para mim, eu fui até a gráfica pedir emprego, eles me rejeitaram, mesmo eu tendo o mesmo sangue materno, eram gigantes em silencio  cumprindo o meu silêncio, todos os dias eu ia ver e regar as plantinhas que se limitavam ao nosso consumo familiar, eu me preocupava com minha saúde ao comer uma travessa por dia de alface, não haviam entregue para mim o conceito de partilha e de divisão, e eu fatalmente fui julgado como egoísta, e este era um mundo de encantos que tentou me impulsionar, eu era contra o uso de adubos químicos na plantação, muito mais contra agrotóxicos, e eu sempre pegava a Kombi de meu pai e até uma serraria extinta para buscar serragem, hoje eu sei que elas demoram quinze anos para se decompor.

Sai de um mundo e entrava em outro, e não conseguia manter o mundo remascente.

                O meu silêncio redigia, minha face me condenava, não conhecia a história norte americana que estava por traz de minha aparente etnia, todos pensavam que eu era somente um ucraniano, mas eu era um brasileirinho  solitário, como o lobo solitário de Guarapuava. /autor Reginaldo Afonso Bobato

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