Um Rei, mano, sente...
Hoje eu dirigi
a pátria amada com os sorrisos de jovens senhores e jovens senhoras, anciãos e anciãs
do templo, magnifica conjectura filosófica é quadro psicossocial que nos diz que
a fidelidade ao que nos torna honrados é algo divino, mas eu me contive na
minha humildade de quando eu era criança e cultivava a terra Brasilis, perto da
soberba bíblica de um seminário que fora estranho para mim, eu fui até a
gráfica pedir emprego, eles me rejeitaram, mesmo eu tendo o mesmo sangue
materno, eram gigantes em silencio cumprindo o meu silêncio, todos os dias eu ia
ver e regar as plantinhas que se limitavam ao nosso consumo familiar, eu me
preocupava com minha saúde ao comer uma travessa por dia de alface, não haviam
entregue para mim o conceito de partilha e de divisão, e eu fatalmente fui
julgado como egoísta, e este era um mundo de encantos que tentou me impulsionar,
eu era contra o uso de adubos químicos na plantação, muito mais contra agrotóxicos,
e eu sempre pegava a Kombi de meu pai e até uma serraria extinta para buscar
serragem, hoje eu sei que elas demoram quinze anos para se decompor.
Sai de um mundo e entrava em outro,
e não conseguia manter o mundo remascente.
O meu silêncio redigia, minha face me condenava, não conhecia a história norte americana que estava por traz de minha aparente etnia, todos pensavam que eu era somente um ucraniano, mas eu era um brasileirinho solitário, como o lobo solitário de Guarapuava. /autor Reginaldo Afonso Bobato
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