sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Divindade oculta.

 


Divindade oculta.

  

 

Divindade oculta.

 

Quando eu fui intuitivo aquelas terras não nos pertenciam, e as meninas sabiam disso (Sabiás) e se eu me aproximasse haveria um choque cultural, ninguém tinha a medida exata da verdade, cada armazém que meu pai chegava eu simplesmente não via  o momento de sair dali.

Meu pai seria sem ter sido, entre um trago e outro, trago outra, com cem tecidos, meu pai cumpria um chamamento itálico para enfeitar a sociedade Prudentopolitana com a venda de tecidos por quilo, e a sua Kombi impelia uma via sacra e peregrinação brasileira, hoje eu sei que até hoje ficaram rastros desta divindade, eu não sei de onde vieram as induções, mas os matos, como meu pai chamava, ficavam cheios de encantos para serem marcados muitos anos à frente pela revelação retardada de minhas visões, meu Deus, será que eu perdi algo?

Será que eu escapei da morte?

Será que eu era um lacônico visionário quando mostraram suas fortes panturrilhas ucranianas?

Mesmo sem venda alguma, os olhares requintados de donzelas ucranianas eu nunca vi, mas algumas se vestiram com cetim e brim, senão com seda, eu não sei,  e meus pensamentos , na época, nem se imaginaram assim, meu pai queria vender, sem argumentos, e o argumento maior seria conhecer o hino do Panará, e frisar os clarins das grandes festas que não éramos convidados. Autor Reginaldo Afonso /Bobato


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