Divindade oculta.
Divindade oculta.
Quando eu fui intuitivo
aquelas terras não nos pertenciam, e as meninas sabiam disso (Sabiás) e se eu
me aproximasse haveria um choque cultural, ninguém tinha a medida exata da
verdade, cada armazém que meu pai chegava eu simplesmente não via o momento de sair dali.
Meu pai seria sem
ter sido, entre um trago e outro, trago outra, com cem tecidos, meu pai cumpria
um chamamento itálico para enfeitar a sociedade Prudentopolitana com a venda de
tecidos por quilo, e a sua Kombi impelia uma via sacra e peregrinação
brasileira, hoje eu sei que até hoje ficaram rastros desta divindade, eu não
sei de onde vieram as induções, mas os matos, como meu pai chamava, ficavam
cheios de encantos para serem marcados muitos anos à frente pela revelação
retardada de minhas visões, meu Deus, será que eu perdi algo?
Será que eu
escapei da morte?
Será que eu
era um lacônico visionário quando mostraram suas fortes panturrilhas
ucranianas?
Mesmo sem venda alguma, os olhares requintados de donzelas ucranianas eu nunca vi, mas algumas se vestiram com cetim e brim, senão com seda, eu não sei, e meus pensamentos , na época, nem se imaginaram assim, meu pai queria vender, sem argumentos, e o argumento maior seria conhecer o hino do Panará, e frisar os clarins das grandes festas que não éramos convidados. Autor Reginaldo Afonso /Bobato
Nenhum comentário:
Postar um comentário