Todos riam sarcasticamente pelas minhas costas?
Meu
passado é memória sem fim, até antes até de um nascer, mas eu o lembro para não me esquecer que fui vítima
da astúcia, mesmo que a sabedoria divina residisse em mim a cada mudinha que
tentava crescer do meu lado, há como eu as reguei, e cada colheita um ensaio
para a boa saúde numa tigela peculiar à salada de alface, e eu vivia só neste
mundo, ele foi passando e eu não me dei conta do valor que eu teria que ter lhe
dado, a impressão de um conforto patético me tirou dele para me levar, o que
seria esmaecido por mim, por falta de alguém ou algo e motivar a me lembrar dele.
Eu
fugia, pois, tinha vergonha do contato social, mesmo que buzinassem nos meus
ouvidos mentiras pra lá de Bagdá, eu era
parco para mim mesmo, eu simplesmente me detestava, e numa solene ocasião, eu me
amava pelos calos salientes que vieram das ordens do meu irmão mais velho, arar
a terra com uma cortadeira não me tirava do sério, eu aprendi a dirigir a velha
kombi de meu pai, e sem sua ordem eu ia até a extinta serraria dos Voilkis onde
existia uma pequena montanha de serragem e a misturava à terra com adubo orgânico que se originariam
da serragem.
Hoje
eu sei que a serragem demora mais de quinze anos para se decompor, mas não
decompuseram meus sonhos, pois um homem deve ter sonhos de reserva, e eu nunca
tentei ser mais do que ninguém, muito pelo contrário, fui submetido à humilhação,
fui resiliente e me levantei, pois fui induzido ao coito anal, ao homossexualismo
ativo quando eu era trabalhador servil de quando criança.
Eu
prossegui a vida, e cada novo emprego um esquecimento do antigo, hoje eu presumo
que todos tinham ligação sarcástica, pois é fácil dar um tapa numa libélula, e
se cagar de tanto dar risadas, e observe que ninguém queria que eu fosse
técnico agrícola, pois eu era contra o emprego de adubo químico e de agrotóxico
nas planatações.
O
único que me deu direção foi meu irmão mais velho, mesmo que ele tenha se esquecido
e me largado no fundo do grande quintal. E que nunca foi ver a minha plantação.
Hoje
eu escutei algo como dar o melhor de si, e se eu tivesse pensado assim quando
eu plantava horta, eu teria me embrenhado numa plantação de feijão e não teria saído
de lá, enquanto a cidade formava doutores da lei que defendem somente os
olhares de Cristo, não os meus olhares, os olhares azuis de Naldo, do único Naldo literal. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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