Um instante para reflexão...
Um instante para reflexão...
Vou
fazer um poema bem simples, tiro minhas roupas para me banhar, eu não valho
nada sem filosofia, e é isso que eu que eu queria que alguém tivesse me dito, tudo o que eu tenho e sou seria prefácio para
vergonha se não estabeleço limites ao meu comportamento, e não que as vontades
mundanas sejam poucas, estou aqui em Curitiba, vejo donzelas morderem seus
lábios de puros desejos em minha direção, seus beijos quentes me queimariam,
suas vozes que balbuciam a sedução me ignominiariam, me julgariam, este é um
aproveitador e insano, nossa confissão seria um espaço aberto para o repúdio e
o desprezo, um passo em falso toda guarnição desta cidade não teria dúvida que
eu não passo de mau caráter.
Minha
alma quer paz, eu descobri que nada existe e que tudo existe, Oh Deus das
mazelas, do sofrimento e da angústia, querer e desejar é aflição, fecho meus
olhos, eu consigo me imaginar correndo
num campo aberto sem a alegria que todos exigem, nem com a tristeza que me
deixaria empedernido, e de outro modo e de um meio único ter razões para me
olhar no espelha e falar para mim mesmo e enxergar minha alma solícita de
compreensão, não iludo a ninguém, nem a mim mesmo, o tempo quis passar para que
eu ensinasse a outras gerações o que principia o erro, o engano e promessas
fúteis sem aprofundamento.
Simplesmente
pensar, hoje e a vinte e seis anos a atrás eu não iludo mais ninguém, não
carrego tantos remorsos e nem tenho tantos traumas depois que eu descobri não
propriamente a verdade, mas a razão para se coadunar a ela com mais compreensão
do meu destino que eu não traçava sozinho, pois cai em engodos, em armadilhas,
em mentiras e quase fui despojado do seio social devido a tudo isso, talvez eu
tenha me purificado, simplesmente balbuciar um instante de valorização ao que
me faz ser o Naldo em pessoa, filho, irmão e amigo da sabedoria. Majestosa
autoria Reginaldo Afonso Bobato
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