Amanhã é a manha
Loja
é a soja, é o trigo e eu a trago vestida de seda, de cedo, de manhã, do amanhã,
de cetim vermelho, donzelas em prantos ou não, ela é minha por inteiro do jardim
mais puro das rosas encantadas, cada canto, um encanto, e assim o feijão é a
feição delicada dos predicados enaltecedores do caráter, presto atenção para
não maculá-lo, objeto de lisura deve ser seu apreço, ponho então arroz no
prato, a salada é obrigatória, o que irei te dizer na sala, cochicho uma frase
proibida nos teus delicados ouvidos, e de antemão, continuo a descobrir os mistérios
analógicos da sapiente conquista, digo tudo, não digo nada, minha pupilas
dilatadas vertiginosamente te dizem quem eu sou para ti num instante de certeza,
meço então a verdade, não existem mentiras nos teus prantos, vou chorar quando
te encontrar, vou chorar se você for embora, minhas vontades são angustiantes,
sofro por elas, tenho saudades do futuro que eu planejei com sabedoria. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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