Memórias dos pequenos
encantos
O
tempo quase não existia, mas ele ia passando e causando transformações
profundas em nós, eu não olhava com profundidade a raiz do problema aceitava os
fatos, e eram mudanças radicais, eu não a vi quando meus pais vieram definitivamente pra cá, ou seja, à
Curitiba, mas hoje eu a imagino com lágrimas nos meus olhos, o grande quintal e
o sótão ficaram para trás, e um fato atrás do ou outro eu tinha que perceber, a
força de minha mãe, a vontade de meu pai de manterem a família era por puro
amor, e a nostalgia destes tempos me faz
pensar e refletir, longos e longos anos se passaram e hoje estou aqui, amanha,
onde estarei, me dá um aperto no peito, não quero quebrar os vínculo com minha
família, mesmo em meio à dor e ao sofrimento, meus olhos azuis tristonhos me
dizem que éramos mais de dez, existiam
festins, nada que alimentasse meu ego, mas minha alma, eu olhava para o chão
como que não tivesse razão de entender que os burburinhos não eram para sempre,
e a grande casa era coberta de labor, de estudo e de glória, todos estavam lá,
os anos setenta, oitenta e porque não sessenta...Autor Reginaldo Afonso Bobato
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