Em um instante o destino que não eram meu
Um instante a espera da palavra justa...
Fui mais marcado pela oportunidade de amar do que de odiar.
De ser humilde do que ser soberbo.
Eu não vi a glória em nossa grande e modesta moradia, mas é o que perfazia seu destino em nome de poucos, guardei o silêncio quando precisei indagar, e assim os caminhos sempre estavam me levando longe desta casa encantada, José e Maria, Pedro e Paulo, Demétrio e sua construção não me seguraram, quase perdi minha própria honra em nome do destino que eu não queria para mim.
O adeus de meus pais seria angustiante, eu me esquecera das arvorezinhas, do grande quintal e dos vizinhos e até onde eu fui sem querer ser, de fato, eu era outros que delinearam acontecimentos funestos, eu não seria então igual nem diferente, mas um misto de pecado e de santidade, e assim eu continuei a olhar para o chão sem olhar nos olhos de ninguém, e a verdade seria crucial para mim e como o mar leva fui levado, e não teria como retroagir, e me traria quase em pedaços e às traças.
Se alguém
tivesse feito uma única explanação científica do que eu queria sem querer, tudo
teria sido diferente, e como explicar a dor de não ter, de não ser capaz de ser
feliz, como entender os fatos tão longe da liturgia, ela não existia para mim,
pois os contextos pediam por justiça, e o que é jus e atiça quando se é quase
um cão vira lata enganado por sacos de ração de cães altamente adestrados? Autor Reginaldo Afonso Bobato
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