Os lunáticos também amam
Vou fazer uma
poesia rimada, e de verso em verso, ela precisa ser esperada, amada, imaculada...
Fito então a lua em tempo de frio intenso, ela é os ticos, os santos, os pobres amotinados, que têm inspiração para nota-la mais do que ultrajá-la, vivo a sofrer por ela nas minhas desilusões, e outrora a meditar, o inverno me faz pensar mais do que o verão, e verão com profunda ênfase a vontade de minha alma de acalentar o meu espírito que pode estar tão longe, me sinto como um monge a adorar a oblação de uma sacra conquista, a muito me fiz íntegro para cortejá-la, e num instante que eu me liberto da ignorância, ela fica molhada para me receber em prantos, alegria, ternura, paz e aconchego.
Reginaldo Afonso Bobato
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