Frio à indiferença
Chuva, frio, abandono,
perguntas e respostas sofridas, ratos, pulgas, piolhos, baratas, percevejos, nádegas sujas, pentelhos
dos anus todos cobertos de fezes vencidas, tudo vencível até a resiliência de
colarinhos brancos, morada na rua, eu morei na tua, nasce o poema no chão duro, dura vida, desconfiança,
descrédito, medo, pavor, insónia e longa noite no piso amaciado pelo papelão
que sobrou, saco forrado, esperma vazando, cuecas maltrapilhas, freada de pneu. Autor Reginaldo Afonso Bobato
, cuecas maltrapilhas, freada de pneu.
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