segunda-feira, 14 de junho de 2021

Frio à indiferença

 


Frio à indiferença

               

 

 Frio à indiferença

               

 

 

Chuva, frio, abandono, perguntas e respostas sofridas, ratos, pulgas, piolhos, baratas, percevejos, nádegas sujas, pentelhos dos anus todos cobertos de fezes vencidas, tudo vencível até a resiliência de colarinhos brancos, morada na rua, eu morei na tua,  nasce o poema no chão duro, dura vida, desconfiança, descrédito, medo, pavor, insónia e longa noite no piso amaciado pelo papelão que sobrou, saco forrado, esperma vazando, cuecas maltrapilhas, freada de pneu. Autor Reginaldo Afonso Bobato




, cuecas maltrapilhas, freada de pneu.

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