domingo, 1 de junho de 2025

Eu nunca escrevi para impressionar ninguém, eu sempre fui profundo e vivi os contextos.

 


Eu nunca escrevi para impressionar ninguém, eu sempre fui profundo e vivi os contextos.

 

Eu fui um cabo medíocre, e praticamente não operacional quando eu servi o exército, e você se pergunta como é que eu sou criador filosófico?

Eu comecei a criar filosoficamente na sétima serie do antigo primeiro grau, eu fiz uma redação em homenagem ao mudinho que frequentava nossa residência e que era servido pela minha mãe, e na conclusão da redação eu escrevi assim: “minha mãe abria a porta de seu coração para o mudinho entrar”.

Minha redação foi a melhor da classe e recebeu um visto de minha sisuda professora de português chamada de professora Gessy.

Eu passei longos anos sem escrever, e foi um vazio literal par mim, mas foi o que salvou minha vida.

Voltei a escrever profundamente e oficialmente aos trinta anos de idade quando eu trabalhei de auxiliar de produção à empresa de um de meus cunhados.

Eu escrevi em folhas de papel, e uma vez eu voltei ao Colégio Barão de Capanema onde eu cursei o antigo segundo grau, estava escrito no mural um poema do escritor Paulo Leminski a seguinte frase: A todos os que compactuam com o nazismo”

Eu li e ferveu meu sangue literário, daí eu escrevi:

Quero fazer uma saudação, aquela que todos vocês viram, a todos vocês, negros, brancos, cristãos, judeus etc.

À discriminação aos doentes mentais se a seus familiares.

ÀS crianças eu não puderam nascer.

Aos mendigos atrás de trabalho.

Aos infectados pelo HIV

Aos portadores de doenças incuráveis.

Se eu sou todos e desprezo alguns, então eu não sou nada?

Este poema está publicado no livro “Cartas ao paraíso” que eu lancei em 2009 pela editora Corpos, de Porto-Portugal.

Criar filosoficamente é natural em mim, mesmo que eu acredite que nenhum dom literário nasce com a pessoa, é preciso um meio esterno para estimular a criação, e observe que minha intenção principal com este texto foi libertar meus dois irmãos consanguíneos que tinham sido enclausurados pela psiquiatria e fazer ver que todos compactuam, pelo menos um pouco  com o nazismo, porque aqui quem o atacou era paradoxal, antagônico e contraditório Autor Reginaldo Afonso Bobato .

 

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