Um poema itálico
A
poesia numa chuva fria de inverno me fez lembrar do Xaxim e do pequena Itália
brasileira, sim, cabeça, tronco e membros, uma
doutora, os postos de comando, o grito do Ipiranga, o nacionalismo remoto
e próximo, caminhei um pouco e senti a força do pregresso pela ciência, uma
garagem a ousadia de quem tenta ingressar nela esquerda, e a direita está livre
a espera do tapete verde, e noutra dimensão, o tapete vermelho quer dar entrada
ao meu autismo, procurei, mas nada me
fez me lembrar do grande quintal que não fosse o labor inconsciente com o
adjetivo da obrigação da natureza que nos chama ao trabalho digno, observei os
encantos de um país distante num único parafuso, o fuso, o comercio frenético
da Rua Franscisco Derosso num itálico exigente, gente que trabalha duro com o Chico,
e lá no fundo, meu Paraná de poucos risos descansa um fim de semana pensando no
futuro e na fatura que vence sem
piedade, diz a Ana, conclama a Dama do tabuleiro, a voz enaltece seu brio, ela
está firme mesmo em meio ao seu franco
português que valoriza sua vontade matrimonial em cada centavo ganho com suor e lágrimas, onde está meu pai agora,
ontem eu o vi, estava longe, bem longe de ser uma famosa rua de Curitiba, eu o
vi dirigindo um carro potente em meio a pés de cerejeiras, eu só pedi, mesmo em
meio a sua destreza e a beleza infinita do lugar, dirija com cuidado, como fez
o taxista que não achou a rua que eu procurei,
moro, eu moro aqui perto do forte que as vezes se diz ser fraco . moro perto do
franco que é forte, qual destino é maior do que o trabalho digno para nos
sentirmos valorizados, ouça a voz do fundo de tua alma, são matrizes da calma que
devemos ter ao cruzar a Rua Francisco Derosso, é a Curitiba de meus pais, de
minha bondosa mãe, eu lhe falei sobre sua grandiosidade, é gente urgente,
emergente, subsequentemente presente onde eu não estive, sua voz não é segredo,
seus avós , aves. Autor Reginaldo Afonso Bobato
Nenhum comentário:
Postar um comentário