sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Rio de lágrimas


Rio de lágrimas
Rio de lágrimas

Nenhuma noção da verdade existia, senão fosse olhar profundamente os acontecimentos que ninguém dava valor na sua essência, declaradamente.
Os títulos compunham um papel itinerante para esta ignorância latente, e enquanto isso uma natureza peculiar ao sofrimento, amor e paixão passava despercebida, como também uma drástica busca pela sobrevivência sem uma certeza cabível, sim, eram os anos de 1970 e poucos, as músicas, as roupas, a repressão, os ditados, os renegados, os loucos, a ocultação de ensinamentos era evidente, e se dizia plenamente, antes a obrigação como respostas a direitos, depois os encantos, e era sabido se isso fosse razão de zelo profundo e de confiança o primeiro pelo segundo, a primeira, e assim longos anos se passaram, mas os anos dourados eram negros, pálidos, ou não sei o que, mas diziam os movimentos, mãe do sustento, pai das preocupações, lida, sofreguidão, ardor, angústia, hoje eu me lembro com lágrimas profundas que vêm de minha alma, onde ele está agora, pai herói, mãe heroína, cada instante que eu me recordo é uma bucólica nostalgia que dizíamos vamos lá na frente, e cantávamos desafinadamente melodias ao vermos estrelas que nos escutavam. Autor Reginaldo Afonso Bobato



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