Rio de lágrimas
Rio de lágrimas
Nenhuma noção
da verdade existia, senão fosse olhar profundamente os acontecimentos que
ninguém dava valor na sua essência, declaradamente.
Os títulos
compunham um papel itinerante para esta ignorância latente, e enquanto isso uma
natureza peculiar ao sofrimento, amor e paixão passava despercebida, como
também uma drástica busca pela sobrevivência sem uma certeza cabível, sim, eram
os anos de 1970 e poucos, as músicas, as roupas, a repressão, os ditados, os
renegados, os loucos, a ocultação de ensinamentos era evidente, e se dizia
plenamente, antes a obrigação como respostas a direitos, depois os encantos, e
era sabido se isso fosse razão de zelo profundo e de confiança o primeiro pelo
segundo, a primeira, e assim longos anos se passaram, mas os anos dourados eram
negros, pálidos, ou não sei o que, mas diziam os movimentos, mãe do sustento,
pai das preocupações, lida, sofreguidão, ardor, angústia, hoje eu me lembro com
lágrimas profundas que vêm de minha alma, onde ele está agora, pai herói, mãe
heroína, cada instante que eu me recordo é uma bucólica nostalgia que dizíamos
vamos lá na frente, e cantávamos desafinadamente melodias ao vermos estrelas
que nos escutavam. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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