Quando
não pude ser Rei eu era autista
A distância
que existiu entre o não existir e o existir
para mim era muito grande, juntar as partes era preciso para eu ter
noção de onde e com quem eu estava.
É
comum para você pensar e interagir com meios que mesmo estando distante, são
próximos, e era o que eu precisava, e um vazio quase me dominou, eu estava
aqui, queria estar lá, estava lá, gostaria de estar aqui, e quando me afastei
dela não imaginava que um pedaço de mim estava sendo tirado, o que restou foram
memórias de um tempo de sobrevivência e ardor, de amor com desapego.
Descobrir
o mundo que não vivi na sua essência era um desafio, minha alma tinha que tocar
a todos, eu tinha medo de perder, teria que resgatar minha consciência, somos lançados para vida e há sutil alienação em sinal de concentração, existimos para
muitos, e estes muitos não existem para nós, corre a revelia até assun
tos
febris, de traição e vingança, que não sentimos muito, mas que nos tocarão,
sendo ou tarde. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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