terça-feira, 9 de junho de 2015
Estado do crime silencioso
Aqui é o Paraná, me chamam de senhor porque eu tenho quarenta e nove anos, tenho cabelos grisalhos e sou pobre, e me chamam de você porque acham que eu sou uma criança, francamente, se não for um escritor que tenha posses, dinheiro não tem valor, mesmo que minhas letras e meus projetos sejam magníficos, falo isso sem soberba ou arrogância, e respeitam mais o Diabo que um escritor pobre com o nome de Jesus na boca, sempre, sem contar que nas esquinas ficam de prontidão e de sobreaviso gentis traficantes que argumentam a favor da maconha como se eu não tivesse ciência que é alucinógena e causa dependência física, química e social, sem contar que para manter o vício o cidadão se obriga a traficar embasamento em opiniões de cientistas que a maconha é medicinal, e o que reza dentro de tudo isso é falta de ética, pois dá álibis ao tráfico até de entorpecentes como apologias ao crime.
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