Riachos
amargos
O fundo do rio segurava
palafitas
Um jovem mergulhou
Cólera pegou
Bagres doentes roíam as estacas
Minhocas no anzol
Frutos do rio
Peixes
Um mestre passou
Iemanjá homenageou
Atracado
Terno de linho nobre
O mestre acenou
E dizia metodicamente
Filhos das águas
Terra a vista
Chão firme em tábua bruta dizia
a carta que fora enviada as costas
Sapos eram os príncipes
O mestre dizia
Não tenho medo das águas de
bagres e de sapos
A fome e doença me apavoram
Então a água foi tratada
O jovem curou se
E o mestre pescou
Sereia na rede
Lábios de mel
Autor Reginaldo Afonso Bobato em 25 de novembro de 2010
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