O santo crepúsculo de Paulo
Outrora
a pensar, me vejo a refletir, eu me vejo ao refletir, e os reflexos me lembram
do sol escaldante que te levam a um frio rigoroso como premissa para bem
labutar embaixo do calor como se manter aquecido num inverno tenebroso, e assim
valorizar seus raios como se eles tivessem um fim numa rajada de vento frio em
pleno verão.
Observe
que in é ver os anos, onde palpita em meu peito uma profunda melancolia que não
me diz com efeito que precisamos sermos fortes para seguirmos a jornada,
enquanto os contextos vão mudando até nossa direção e transformando a vida em
comum, e a adaptação depende dos conviveres, dos pequenos presságios e da vontade
que nos faz precursores e que amou a
palavra como resultado de ação, e ao observar
o sacrifício envolvido, não é difícil de sofrer juntos, de amar juntos e de um
dia nos separamos juntos, um de cada vez, e assim tudo ficará marcado pelo
sopro do vento em incessantes repetições da rotina de trabalho, nós vamos então
vivendo as ordens divinas e refazendo nossas histórias sem sermos injustificadamente
céticos, pois o simples precisa do complexo, e o complexo do simples para
averiguar com mansidão o nosso destino que traçamos a cada dia com mais amor e
compreensão, mesmo que este sentimento oscile, mas que pela sabedoria nós saberemos
refutar a falta de vontade de conhecer o outro com menos ódio, e az vezes é difícil,
pois não conhecemos nem a nós mesmos, e que esta fuga não nos faça tão
indiferentes a ponto de não sabermos da ousadia da paixão que enfrentou um
poderoso império num tempo que a ciência era tão limitada quanto à ignorância da
lei dos homens daquela época. Daquela época?
E
o José me disse, fique só aí, e nada me fez pensar tanto, e onde eu estaria com
uma valorização extrema?
Onde
eu estaria sem esta valorização?
Quem
eu seria com esta força?
Onde
eu estaria sem ela?
Quais
julgamentos precipitariam minhas ações?
Meus
olhos azuis estão vermelhos, e todo minha juventude foi sua ocultação.
Mas
perdoo e vivo a busca do Paulo, do Pedro, do João e do José, santos de muita
fé, seus olhos castanhos me indicam a tribuna dos justos, sem eles é uma euforia
de emoções que me dizem, eles existem para o bem até dos maus, e daí eu me pergunto
onde eu estive sem eles?
Perdido
num pomar que da provas que há necessidade de Ordens abaixo de ordens para que
haja pouca quebra e reais balanceamentos com a junção do brio e da honra ,e
assim o Paulo saiu aplaudido por todos nós. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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