domingo, 5 de setembro de 2021

Latidos poéticos

Latidos poéticos

 

 

 

A poesia chama uma menina de senhora enquanto falta respeito na aldeia, em razão de tantas discrepâncias, sim meu senhor, faz frio de arrepiar lá fora enquanto aqui os Ipês disputam espaço com os cabos de puro cobre, e um puro cobra sua participação numa sociedade que discrimina quem não tem de fato, e seu faro social onde existe riqueza é como um cão que se perdeu de seu tutor e busca saciar sua fome nos terminais de ônibus, sobretudo no Capão Raso, eu lato por vocês, meus bons guardiães, a ração que chega é da boa, e é melhor pensar assim quando não existe inapetência na rua da amargura, os pneus velhos e pretos são abrigos sem muita nostalgia, mas o que sobrou foram estranhos transeuntes que deveriam olhar com visão poética o seu desterro, enquanto sobram orações, sobram encantos, misericórdia ao abandono, eu me apego ao amor canil, a Tica, a Brenda e a Taquita varonil Autor Reginaldo Afonso Bobato


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