Latidos
poéticos
A poesia chama
uma menina de senhora enquanto falta respeito na aldeia, em razão de tantas discrepâncias,
sim meu senhor, faz frio de arrepiar lá fora enquanto aqui os Ipês disputam
espaço com os cabos de puro cobre, e um puro cobra sua participação numa
sociedade que discrimina quem não tem de fato, e seu faro social onde existe
riqueza é como um cão que se perdeu de seu tutor e busca saciar sua fome nos
terminais de ônibus, sobretudo no Capão Raso, eu lato por vocês, meus bons
guardiães, a ração que chega é da boa, e é melhor pensar assim quando não existe
inapetência na rua da amargura, os pneus velhos e pretos são abrigos sem muita
nostalgia, mas o que sobrou foram estranhos transeuntes que deveriam olhar com
visão poética o seu desterro, enquanto sobram orações, sobram encantos,
misericórdia ao abandono, eu me apego ao amor canil, a Tica, a Brenda e a
Taquita varonil Autor Reginaldo Afonso Bobato
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