Badaladas em segredo
Eu ensino...
Dó, ré, mi, fá, sol, lá e o sino
é o fino e eu mino.
Eu fora doutrinado que não poderia
dar um tiro sem autorização, caso contrário eu responderia ao IPM (inquérito
policial militar)
Caso eu sofresse então algum ataque,
eu fatalmente correria o risco de morrer, e assim eu vivia num mundo
utopicamente perfeito, ninguém era tão mal assim, e os exemplos de soldados
contraindo doenças venérea me fizeram ser virgem como resultado de uma pureza
que apesar de tudo ninguém conseguiu conspurcar de fato e totalmente
Observe atentamente que se a
ronda não tivesse obedecido a minha ordem de auto lá, identifique-se eu teria
sido advertido como resultado de um real aprendizado empírico, e não o teria reagido.
Procure compreender que ninguém
se atreveria, eu estava esperando a ronda, não um ataque fulminante, e assim
oito horas de sentinela eram o resultado do medo de ser punido, e se realmente
houvesse um ataque, eu morreria, não reagiria com medo do IPM.
Eu estou relatando
tudo isso porque algo deve ser transformado na vida em caserna, e que os
soldados e os recrutas vivam uma vida real pelo simples fato de estarem usando
uma farda gloriosa, como é a farda do exército brasileiro, com mais treinamento,
com mais prudência e com menos temor. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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