segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Badaladas em segredo

 


Badaladas em segredo

 

 

 

Eu ensino...

Dó, ré, mi, fá, sol, lá e o sino é o fino e eu mino.

Eu fora doutrinado que não poderia dar um tiro sem autorização, caso contrário eu responderia ao IPM (inquérito policial militar)

Caso eu sofresse então algum ataque, eu fatalmente correria o risco de morrer, e assim eu vivia num mundo utopicamente perfeito, ninguém era tão mal assim, e os exemplos de soldados contraindo doenças venérea me fizeram ser virgem como resultado de uma pureza que apesar de tudo ninguém conseguiu conspurcar de fato e totalmente

Observe atentamente que se a ronda não tivesse obedecido a minha ordem de auto lá, identifique-se eu teria sido advertido como resultado de um real aprendizado empírico, e não o teria reagido.

Procure compreender que ninguém se atreveria, eu estava esperando a ronda, não um ataque fulminante, e assim oito horas de sentinela eram o resultado do medo de ser punido, e se realmente houvesse um ataque, eu morreria, não reagiria com medo do IPM.

Eu estou relatando tudo isso porque algo deve ser transformado na vida em caserna, e que os soldados e os recrutas vivam uma vida real pelo simples fato de estarem usando uma farda gloriosa, como é a farda do exército brasileiro, com mais treinamento, com mais prudência e com menos temor. Autor Reginaldo Afonso Bobato

 

 

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