segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Trás


Trás 

                Escrevo como se o tempo não tivesse passado, mas sou outro, e mudei como ele...
                 Uma dosada aferição no que ele fez me diria que ficou marcado o momento do adeus, e me dá um calafrio
                 Quantos momentos iguais a este terei que suportar?
                A dor da melancolia me fala que cada gesto do presente pode ser um ato para o futuro, e uma bucólica busca do que somos pelo que seremos não nos diz exatamente o que seremos, e a busca do que éramos é a raiz do problema, há quem medite para isso, sim, em longos anos de reflexão, descobrir o que se é pelo que se era e o que não se é pelo que se era ou não se foi.
                O que não é mais pelo que já foi, feridas cicatrizadas, feridas abertas, outro dia, dez anos, vinte e cinco anos atrás, mas abri meu olhos para que todo este tempo passasse, e assim achei respostas a minhas perguntas mais secretas.Autor Reginaldo Afonso Bobato

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