terça-feira, 6 de outubro de 2020

Hino ofensivo?

Hino ofensivo?

 

 

                Se eu tivesse feito sexo ou amor como chamem com a minha primeira e única namorada, já teriam me matado, e esta suposta relação sexual seria uma justificativa.

                Eu iria morrer e ninguém iria chorar no meu velório, pois eu era um militar medíocre e sem postura, se alguém tivesse tentado invadir o quartel, teriam me assassinado, pois a senha de auto lá se identifique era ineficiente para meus pensamentos, pois eu conhecia quem fazia a ronda e eu esperava por esta ronda e jamais por inimigos.

                Eu não sabia que sexo existia, nem que eu teria direito a relações sexuais depois de casado, e assim eu fui conhecendo o mundo sem conhecê-lo.

                E u não teria estrutura para manter uma família sem olhar nos olhos das pessoas, e eu fiquei assim até encontrar um livro aberto sobre uma mesa na biblioteca pública do Paraná, e assim estava escrito “para você conversar com as pessoas você precisa olhar nos olhos”.

Tudo isso depois dos vinte e seis anos.

                Pra falar a verdade propriamente dita, eu nunca tive vida sexual ativa, e eu acreditava que sexo era coisa somente de mulheres levianas e o considerava um erro atroz.

                Deviria ter acreditado nesta mentira a vida toda, pois quando me lancei a descoberta de sexologia tive traumas profundos, e se você estivesse em meu lugar, ficaria  com ojeriza de sexo.

Eu tenho relativamente boas memórias nos momentos que guardei castidade e não contaria a você um falso heroísmo.

O que faltou pra mim?

Faltaram explanações científicas de cunho filosófico.Autor Reginaldo Afonso Bobato



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário