Lacunas
anônimas
Uma notória
percepção seria necessária para me manter numa modesta posição ao longo de
pouco tempo, e ninguém me diria, a não ser o silêncio de meus pobres pais, eu
teria que notá-los com profundidade e seriam então e meu espelho que eu deveria
carregar para sempre.
Mas estas
observações me fugiram quando eu vi a minha volta o poder que jamais alcançaria
pelas divisas que lhe ostentavam, uma separação que deveria ser foco de
observação científica e recairia em análises que hoje faço, e mesmo que sejam
polêmicos, os fatos se sucederiam incólumes pelas metas que foram traçadas, e a
minha volta acontecimentos funestos me diziam que estava faltando algo a mais
senão ordens que não eram amplamente orquestradas, pois obedecer cegamente se tornara
um juízo supremo, e quem as ignorava em silêncio sofria infaustas conseqüências
de causa e efeito, e esta falta de alavancagem também me ensinou, pois me
mostrou outras facetas do medo quase exato e preciso que recairia conseqüentemente em tragédias, desta forma eu me mantive
previsível pelo sigilo que me cerceou, instintivamente e sem querer, pois os
conceitos de coragem poderiam ser confundidos plenamente e sem sua exímia
apreciação todos vivíamos e sua instauração seria pecaminosa, ao extremo, assim
vivi anos a fio tentando compreender a mim mesmo numa grande lacuna que me
retrocedeu. Autor Reginaldo Afonso Bnbato
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