sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Dor do passado...

 


Dor do passado...

 

 

                Quando a luz refletiu em minha face, eu a permiti de forma que queria saber acerca do que todos sabiam, menos eu, e assim eu fui vítima de minha ignorância latente, e desta forma exploraram minha inocência, para não dizer minha ingenuidade.

                Mais do que hoje era razão para a existência da sapiência, pois boas lembranças existem de fato, e estão acima do poder do capital, e recordá-las não seria nem vergonha, nem medo, nem ignomínia, para que inimigos íntimos não entrassem em desforra.

                Observo que os contextos doentes foram programados e animados por mentes perversas, e o tempo para sua existência pode até te deixar estupefato, e eu diria que não fora uma espera, eu, na minha sã consciência, não sabia que tais acontecimentos existiriam para mim, e assim arrumaram uma mulher doente para conspurcar contra minha natureza, e eu tinha vinte e um anos de idade e era virgem e puro, e ela, devo crer que era nata, e que tu reza, e para os julgadores mesquinhos, este fato não representaria dolo algum, mas que era um ato perverso, libidinoso e sujo que eu descobriria sozinho somente muitos anos depois. Autor Reginaldo Afonso Bobato

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