Dor do passado...
Quando
a luz refletiu em minha face, eu a permiti de forma que queria saber acerca do
que todos sabiam, menos eu, e assim eu fui vítima de minha ignorância latente,
e desta forma exploraram minha inocência, para não dizer minha ingenuidade.
Mais
do que hoje era razão para a existência da sapiência, pois boas lembranças
existem de fato, e estão acima do poder do capital, e recordá-las não seria nem
vergonha, nem medo, nem ignomínia, para que inimigos íntimos não entrassem em
desforra.
Observo
que os contextos doentes foram programados e animados por mentes perversas, e o
tempo para sua existência pode até te deixar estupefato, e eu diria que não fora
uma espera, eu, na minha sã consciência, não sabia que tais acontecimentos
existiriam para mim, e assim arrumaram uma mulher doente para conspurcar contra
minha natureza, e eu tinha vinte e um anos de idade e era virgem e puro, e ela,
devo crer que era nata, e que tu reza, e para os julgadores mesquinhos, este
fato não representaria dolo algum, mas que era um ato perverso, libidinoso e sujo
que eu descobriria sozinho somente muitos anos depois. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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