Puro como a terra preta
A escrita filosófica é itinerante de minha pessoa, eu queria ter nascido pela filosofia, para a filosofia e em prol da filosofia, e assim muita coisa ruim que aconteceu comigo, não teria acontecido.
Fui empírico mesmo que calado, e quando eu escrevi uma notória redação na minha tenra idade todos pensariam que eu sou paradoxal, e a essência desta escrita instigou a consciência de todos, sem eu saber, mas me expôs à análise distorcida da maioria, e desta forma sofri a indução de Back várias vezes como se eu estivesse fugindo dos contextos.
Na verdade todos presumiriam uma soma de contextos, e fiquei a deriva com a conspiração e o isolamento, mesmo estando rodeado de pessoas.
Todos os livros do mundo não me diriam quem eu fui sem ser sendo.
Eu teria que vincular os acontecimentos aos fatos, e com certeza eu teria ido fazer um curso de técnico agrícola ao invés de ter estudado num parco colégio que me forçava a decorar textos técnicos em concepção.
Cada dia era um esquecimento convicto do que era ideal e não questões mercenárias, e assim eu morreria sem causa e sem idealismo.
Na verdade e em verdade eu era justo demais, eu não punha adubo químico nas plantações, muito menos agrotóxico, e devo crer que isso era uma ameaça real a quem queria produzir sem escrúpulos.
E os calos salientes que eu tinha em minhas mãos eram provas reais que eu tinha dom e vocação para a agricultura, e até meu comportamento era campesino.
Eu trabalhei assim dos seis anos aos dezessete, mais ou menos.
E hoje em dia, desde meus trinta anos de díade, eu sou escritor, e ninguém mais irá me mandar para o trabalho penoso como eu fui submetido aos meus seis anos de idade conforme ordens e orientações do meu irmão mais velho.
Hoje eu sei que era duro e penoso, mas que rezava uma real profissão do meu légitimo interesse e condição social.
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