Poesia ao relento
Avisto, quase me conheço, desisto, persisto. Entendo, e vou
a procura de meus defeitos e encontro qualidades adormecidas e reprimidas. Peço
então licença a todos os pré-julgamentos; sou completo sem condenação, e me
resguardo pela emoção de rever atitudes e gestos de sublime boemia, que me
fugiram em noites de lua minguante, e os ventos que sopram mansamente, quase
recitam versos inesquecíveis, como que alimentando recônditos encontros com
suspiros e ofegantes destinos, cujos olhares profundos não se esquecem da
perfeição que tem o tempo. Marco então as horas, e as tardes que vão ao
encontro de complexas virtudes, tentam mostrar o quanto elas são simples, e com
mãos dadas à semana que passou, os encontros de antiga nostalgia, são novos, como
a centenas de anos atrás. Olhares de reprovação e aplausos pela união, os
cantos de discretos ideais de liberdade, quase sentem o relento, e o ar que os
envolvem, tenta respirar um pouco, o
talento dos poetas. autor Reginaldo Afonso Bobato
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