Cicatrizes do âmago
Um
dia pra sempre sem um dia, dias dos dias, das noites, do milênio, um século e
tantos atrás, quem estava atrás talvez estive procurando a si mesmo num
universo de um instante, dúvida, dor, sofrimento, martírio indo e vindo de
encontro à alegria, não seria nada, nada era igual, eu comporia um quadro
meticuloso para descobrir quais verdadeiros propósitos, deixe estar, o que
revela sente, nem sempre diz a verdade, uma verdade, quantas verdades
ocultadas, só mentiras ao dizer o que se é de fato, eu sou o que sou sem ser o
que você gostaria para desfechos trágicos, nem que tenha que gerar sobreaviso
de sobrevivência, muito ou muito pouco para sermos iguais, as correntes
doentias ninguém as via e de sobremodo existiam preponderantemente, sair delas,
conviver com elas eu teria que ser erudito e assim os critérios para análise me
poriam em cruas discriminações, não dei ouvidos e saí ileso com cicatrizes na
alma. autor Reginaldo Afonso Bobato
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