Quando
fitei teus olhos...
Antes dos trinta
anos, os tribunais não existiam pra mim, mesmo que me colocassem a minha frente
o juiz da mais ilibada conduta,, eu era um mundo a parte e o que me impedia de
prosseguir com erros era o constrangimento e a vergonha, nada mais do que isso,
mesmo que eu tenha errado, um erro para mim era único, não tinha, na minha
concepção, ligação com outros, e a tempo
não via os olhos de ninguém, olhava para o chão como que a procurar por
mim mesmo ,enquanto isso, mentiam pra mim, em
rodas de medíocres, em filmes, em lorotas, e assim , se eu não fugia da
realidade, eu não a vivia e conhecer a si mesmo era preciso, mas seria necessário muita coragem
para eu descrever a mim mesmo, como eu estou fazendo agora, desde os meus vinte
e nove anos eu sou casto, me resguardo com o rigor de um comportamento
inexoravelmente correto em vista do que passei quando fui molestado com meu
consentimento, pensando ser bom e prazeroso, mas que não era nenhum prazer
moral, somente corporal.
Eu descobri
que eu precisava olhar nos olhos das pessoas para conversar quando eu li um
livro da biblioteca que me explicava como fazer para falar com as pessoas. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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