Inocência
fustigada
Era fiel
vontade de quem ordenava paradoxalmente, e as doutrinas um ensejo para descumprir
tais ordens, , caso contrário não existiria
sabedoria como promessas políticas ,ainda mais de vida.
Era proibido
pensar e esta reflexão caberia a mim mesmo, em notórias buscas que jamais se
findariam, o acesso à filosofia me faria adepto de causas pujantes e atrairia a
inveja e cobiça de entes próximos.
Quem ensinaria
que é preciso olhar nos olhos e erguer a cabeça no momento justo, e se era
justiça o castigo de séculos não caberia a uma criança indefesa e ingênua como
eu.
O que saber
diante de tantas perguntas que encontravam suas respostas na dura lida, sim,
virar a terra e olhar para frente, pra mim era correto e eu não via nada de
errado nisso, não havia ninguém para vigiar estes acontecimentos, e outrora
quisera eu ter tido um único amigo para me alertar que era quase escravidão e
que me tratavam como um réu ao iniciar de meus nove anos de idade. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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