Quando
a luz dos olhos meus viram a luz dos olhos teus...
Quando se é idiota,
mais propriamente autista, o chão fica marcado com olhares dispersos sob mundos
fora da realidade criados por mentirosos e enganadores, que em risos de escárnio e zombaria alimentam suas almas
com esta ignorância.
Quando se
ergue a cabeça e começa-se a enxergar, descobrir a vida a tempo é escrevê-la
como deveria ter sido, não com a omissão, o desmazelo e falta de cuidados, falta de amigos reais,
falta de paciência para se explicar os detalhes que existem e que não foram
transcritos, são assim longos anos vividos que apontarão teus erros que
resultaram em chacota e gozação, não o deles que se achavam sabedores pelo fato de festejarem, fazerem sexo a
vontade e pertencerem a uma roda de supostos de classe social, tudo bem
direitinho.
E procurar por
olhares puros e sem malícia seria coadjuvante, e para encontrá-los eu teria que
perder o medo, sei lá do que, mas até do que não existe, mas quem explicaria
que existem tribunais poderosos prontos para me mandarem para o inferno se eu
errasse, sendo que o erro é aceito por eles pela dramaturgia da pornografia que
induz ao erro, quem me explicaria, sem ver a luz, que eu precisava procurar
pela luz dos olhos do próximo, quem me diria que sexo oral e anal não passam de
molestamentos e agressões, quem me diria
e quem me conduziria as matrizes de pensamentos lúcidos ao afirmar que
existe ciência para isso, quem me explicaria o que é ciência, o que é filosofia,
o que é psicologia, quem me explicaria, onde estavam, quem estava, o que eu era
onde era sem saber...Autor Reginaldo Afonso Bobato
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