Autointerpretação
Os tempos me levaram onde eu os
tinha perdido, pelo capricho dos deuses
não me esqueci até do que não vi, na sua integralidade.
Deus do céu,
Deus do chão e da paixão que me concebera, e tudo estava longe de estar tão
perto, ali era outro comum aos olhos dos
homens, eu me cerquei deste mundo, espiei minhas vontades mais secretas para
fazer parte dele, um só cochicho eu teria que perceber vidas outras que não
seriam propriamente minhas, mesmo que sua concepção fosse remota.
Cada dia eu
via o que não via, eu via, sem ressentimentos a dor era menor, qual dor é maior
do que a ofensa?
Não era forte
nem fraco, um equilíbrio quase fatal nortearam os acontecimentos.
Seria como
diriam, neste instante a divagação que me faltou, seria preciso conceituar amor
e ódio, me desvencilhar do que eu jamais seria sendo sem ser.
Outrora a
vigiar meus pensamentos, as ações pitorescas cumpriam o destino de ações que me
vigiaram e me lançaram a descrever atitudes que me lançavam ao desconhecido.
Reconhecer
que outros agiam em mim não agiram na sua totalidade me fez íntegro mesmo em
meio a acusações febris e caluniosas.
Outro dia,
outros anos, a minha interpretação me fez sair ileso, justa foi a causa que me
afastou do meio de afetação, vivi por não viver, cri no que não era digno, fui
persuadido pelo que não era ideal, sempre com a dúvida e incerteza me vi preso
ao passado que não passou.
Nenhuma alegação
de defesa seria maior que minha pureza, eu me vi diante de mentiras que se
parecem com verdades aglutinadas, pousou meu silêncio em reflexões profundas. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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