Lástimas
O destino quis me levar de onde
nunca saí, quisera eu saber onde eu estava e o que eu era sem ser, o que eu
fazia por crer, do que me diziam sem quase ninguém saber.
Um dia
qualquer eu teria que me lembrar, era imperfeição notória, degredadas
informações.
Chama minha
atenção os fatos corriqueiros, longos anos para eu decifrar e sua certeza era
demência, outro havia em mim e o desfecho de causa me fortalecia, mesmo assim,
as vontades suplantadas, incólumes vertigens de um passado sem fim, delírios
ocasionais.
Seria como se
eu tivesse tudo sem conhecer o mundo, um mundo aparte cheio de ilusões.
Sinto até um
calafrio pelos anos que passaram, estou vivo como se fosse eterno, só como a
dúvida, verdadeiro como doutrinas sagradas.
Descreveria um
instante que eu queria ser de fato, um impulso à felicidade era somente um
momento para eu ser eu mesmo sem ser ninguém naqueles momentos.
Eu olhava
para o chão cabisbaixo como que a procurar minha alma, plantar meu espírito e
vivenciar momentos tão simples de grande envergadura.
Se fosse para
agir, que eu pensasse, o poder emana das palavras de sabedoria, um entre um
milhão não as tinha e se a tinha de mim era ocultado, não sou retórico em afirmar. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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