quarta-feira, 9 de março de 2016

Direito sagrado de viver e de procriar



Direito sagrado de viver e de procriar




É possível ver a dor na felicidade, angústia na fé, tristeza na alegria, sofrimento na esperança, é possível ver a alma longe do corpo, o corpo perto da alma, de almas que num suscitar de gratidão e reconhecimento irradiam a alegria mesmo no desterro e na alienação.
Um segundo percebido, longos anos marcados, recorro à instância de melodramas ocultos, mérito ou não, mesmo com tantas lástimas, desespero e inquietude, as flores florescem no jardim da ilusão buscando a luz do sol, como elas seriam para quem nunca as viu e nunca as verá e se lançam a busca da verdade no tato, um toque, reviravolta de sentimentos conclamam ao amor à sobrevivência, como eu seria no lugar do outro, eu percebo, as mãos dirigem o berço, os olhos procuram a luz, que vá longe estando perto, mistérios são muitos, um instante de reflexão são revelados, muito ou pouco, muito já fora revelado, ainda falta muito para ser revelado num pacotinho humilde de uma mulher jovem. Bela e formosa casada, de  rosto apreensivo, de encantos adormecidos com uma enorme responsabilidade para não ser adulterada, chave de segredos, crise, ganância de uns, sobreaviso de drásticos acontecimentos para se ter o mínimo, chora louro da verde flâmula, teus olhos azuis ficam pardos a noite, você a tem, a teme e treme, esplêndida criatura sopre no horizonte teus anseios mais profundos, cuida, protege e aprenda, a prenda sente o impulso da criação. autor Reginaldo Afonso Bobato

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