Direito sagrado de
viver e de procriar
É possível ver a dor na
felicidade, angústia na fé, tristeza na alegria, sofrimento na esperança, é
possível ver a alma longe do corpo, o corpo perto da alma, de almas que num
suscitar de gratidão e reconhecimento irradiam a alegria mesmo no desterro e na
alienação.
Um segundo percebido, longos anos marcados, recorro à
instância de melodramas ocultos, mérito ou não, mesmo com tantas lástimas,
desespero e inquietude, as flores florescem no jardim da ilusão buscando a luz do
sol, como elas seriam para quem nunca as viu e nunca as verá e se lançam a
busca da verdade no tato, um toque, reviravolta de sentimentos conclamam ao
amor à sobrevivência, como eu seria no lugar do outro, eu percebo, as mãos
dirigem o berço, os olhos procuram a luz, que vá longe estando perto, mistérios
são muitos, um instante de reflexão são revelados, muito ou pouco, muito já
fora revelado, ainda falta muito para ser revelado num pacotinho humilde de uma
mulher jovem. Bela e formosa casada, de
rosto apreensivo, de encantos adormecidos com uma enorme
responsabilidade para não ser adulterada, chave de segredos, crise, ganância de
uns, sobreaviso de drásticos acontecimentos para se ter o mínimo, chora louro
da verde flâmula, teus olhos azuis ficam pardos a noite, você a tem, a teme e
treme, esplêndida criatura sopre no horizonte teus anseios mais profundos,
cuida, protege e aprenda, a prenda sente o impulso da criação. autor Reginaldo Afonso Bobato
Nenhum comentário:
Postar um comentário