Quando os céus me protegeram eu me vi completamente casto, um livro azul dizia que sexo enfraquece, eu acusado de ser hiper magro não queria aumentar meus complexos.
Tempos confusos,
data incomum, o céu detinha meus atos, mas minha vergonha mais ainda, o pecado vinha
após castigo, para dar álibi ao castigo sem pecado, pior do que o castigo é pecar por falta de verdadeiros
conselheiros, um ser sozinho misturado com as discrepâncias do sincretismo
religioso, de outro modo os muros altos
diziam quem eu era sem convites, mais preciosas do que as riquezas materiais é o
conhecimento letrado, e assim eu lia a mundo quando todos pensavam que eu
estava fugindo dele, e de outro modo as ceias eram escassas, e um dia somente
foram longos os anos para eu tentar compreender que minha história fora um
percalço de sublevação para anular a real felicidade que residia em
minha pureza, e nada me fez pensar tanto quando eu me vi porquanto sujeito ao
descaso daqueles que se julgavam meus amigos . era pena, dó, chamego, nunca, e
hoje eu vejo, e agora, todos os dias são retratos do meu passado, saio dele e
volto a ele, o que mudou senão foi minha racionalidade, eu não sabia conversar,
meu idioma pátrio eu não dominava, e lacônico por muitos anos eu contive minha própria
ignorância, e hoje eu sei que o silencio nos conduz à ciência, pois falar me
faz lembrar da ciência social, quando homens padeceram por falta de sábias palavras,
como também a maior mediocridade do ódio e da vingança. Autor Reginaldo Afonso
Bobato
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