Aparecimento (apare que e o cimento – pare que é o cimento- a companhia são homens e eu fito)
Eu detesto aparecer, mesmo que eu exista muito mais na
literatura que criei, eu amo escrever acerca do comportamento humano que as
vezes é um mistério até para a filosofia germânica ou até agora o melhor compêndio
filosófico, e note que eu quero que você pare e pense que agora eu não sou mais
ingênuo, e a primeiríssima redação que eu fiz sobre o mudinho que minha bondosa
mãe acolheu era uma pessoa que retratava uma parte da história de nossa família,
para ser exato de minha mãe, ele não tinha boca para ofender e agredir ninguém,
tanto que era mudo e maltrapilho, mas que ganhava alimento de minha mãe, e eu,
criança, vi, senti e relatei que minha mãe abria seu coração para o mudinho
entrar.
Com relação a outros indigentes eu não me furto de proferir
o discurso que eu fiz e que não retiro, segue na íntegra então:
Nos becos do abandono, os pequenos marginais já nascem
predestinados a viverem ao acaso da sorte.
Eles mamaram na teta seca da prostituta, foram abandonados.
Dos traficantes ganharam uma arma e aprenderam a matar.
O grupo de extermínio os matou.
Os bons cristãos aplaudiram e Deus os mandou para o inferno. Autor Reginaldo Afonso Bobato
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