sábado, 25 de janeiro de 2025

Aparecimento (apare que e o cimento – pare que é o cimento- a companhia são homens e eu fito)

 


Aparecimento (apare que e o cimento – pare que é o cimento- a companhia são homens e eu fito)

 

 

 

Eu detesto aparecer, mesmo que eu exista muito mais na literatura que criei, eu amo escrever acerca do comportamento humano que as vezes é um mistério até para a filosofia germânica ou até agora o melhor compêndio filosófico, e note que eu quero que você pare e pense que agora eu não sou mais ingênuo, e a primeiríssima redação que eu fiz sobre o mudinho que minha bondosa mãe acolheu era uma pessoa que retratava uma parte da história de nossa família, para ser exato de minha mãe, ele não tinha boca para ofender e agredir ninguém, tanto que era mudo e maltrapilho, mas que ganhava alimento de minha mãe, e eu, criança, vi, senti e relatei que minha mãe abria seu coração para o mudinho entrar.

Com relação a outros indigentes eu não me furto de proferir o discurso que eu fiz e que não retiro, segue na íntegra então:

Nos becos do abandono, os pequenos marginais já nascem predestinados a viverem ao acaso da sorte.

Eles mamaram na teta seca da prostituta, foram abandonados.

Dos traficantes ganharam uma arma e aprenderam a matar.

O grupo de extermínio os matou.

Os bons cristãos aplaudiram e Deus os mandou para o inferno. Autor Reginaldo Afonso Bobato

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