quinta-feira, 26 de julho de 2018

Jardim real


Jardim real
Quando eu souber, deixe que eu espie tuas vontades e que seja nosso segredo, e sua revelação um ato mortal, quero ser teu espelho e se espelhe em mim como vontade inexorável e suprema, convincentemente isenta de pecado, dolo ou perversão.
Deixe-me ver teus mais profundos sentimentos, são as rosas para meu jardim seco pela estiagem, daí então quero te regar com o orvalho de meus beijos, descer no teu corpo e penetrar nas tuas verdades, de mansinho a ver, e cada pétala a cair para avisar que teu cheiro me chama perfazendo desígnios de realeza indubitável, velarei então pelo teu sono e no limiar de teus sonhos quero te acordar movido por desejos puros.
Há eu fico doente por eles e me curo, derrubarei até um muro, murmuro nos teus ouvidos veracidades gentílicas como a milhares de anos atrás, serei teu dono, teu protetor, tua fortaleza, teu abrigo, luz para sombras, entregas, opinião formada.Autor Reginaldo Afonso Bobato


Nenhum comentário:

Postar um comentário