quarta-feira, 4 de julho de 2018

A saga dos príncipes


A saga os príncipes


Hoje não tenho nada para escrever, e num instante fecho meus olhos para pensar, eu vejo a escuridão, uso então uma metáfora de ocasião, será que tudo o que existe é uma sincronia que fará o ser humano sentir a ilusão que é o dono?
Uma alusão à existência de vida nos faria imaginar que estamos aqui emprestados, e nada, absolutamente nada nos pertence que não seja temporário, mesmo o mais imponente reinado se questionaria.
A razão da vida, vida racional ou não, me faz pensar, porque existimos?
A evolução nos trouxe a ciência, a consciência, teve necessidade da divisão, do capital, da multiplicação, da força como essência, da herança como pertinência, do letrado como compreensão, da duvida como questionamento, e o melhor mesmo é ir indo sorrindo entre pausas sisudas com infinita reflexão, você enxerga, tantos séculos se passaram para se manter o bem que tem nome, e um dia de sofrido labor para ter a impressão deste sonho, ter, ter e se abster, ser, ser verei que não serei mais, meus ossos fracos me inclinam os anos, vem então uma geração tão forte quanta a minha sem muito tempo para meditar o que farei quando ancião?
Quando ainda jovem guardarei e proteger o trono de meu Rei que eu sei que terei meu quinhão assim, e por amor e paixão presto lhe continência até seu fim, e, além disso, a lei diz para eu não cobiçar o que a lei diz, o Rei profere sentenças com dores no coração e na alma, não quererei seu lugar, e eu de prontidão e de sobreaviso mantenho afastado seus inimigos, e se na fronte de uma batalha eu for chamado, sua causa deve ser justa, mesmo que eu não tenha visão para adorá-la.
Quem lhe diria acerca, não espera uma surpresa, estude o que sabem os sábios, vigie teus mais profundos sonhos e se preciso for acorde no meio da noite com alertas verdadeiros, perca então o sono por causa de um sonho, o sonho de ter ela, o mais poderoso Rei já não os tem mais, sua idade não lhe permite, mas não se maltrate muito, diria o sábio desta saga, mesmo que tenha que ser providente e prudente.Autor Reginaldo Afonso Bobato


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