E que sejam levados
por textos antes dos contextos e que os textos criem contextos mais do que os
contextos a criarem textos.
Irei escrever
não me diga quando parar...
Vou construindo as frases em meio a escombros
de sentimentos, resgato por amor, sofro se não sentir um pouco de dor, avisto uma
jornada de portas fechadas, auguro
descrever cada detalhe destas batidas, eu me abro então, passam as horas
aparentemente empedernidas pelo martírio oculto, pela fé revelada, pelo
aconchego que engana, longos e longos anos a se perderem de vista, cumpro o
desígnio do destino que não fora por mim traçado, a esperar que eu me
desvencilhe dele a provar com êxito os detalhes de presságio que deveriam ter
sido ditos, bem ditos, oh bendito tempo, não sei se eu quero que ele passe ou
não passe, mas eu o quero para delinear os textos em contextos delimitados pela
razão da paixão que eu deveria ter tido, e assim não se deixar levar por
induções e por impulso.Autor Reginaldo Afonso Bobato
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