Tenha piedade, seja
clemente e tenha compaixão pelo e do autismo resolutivo
Eu jamais
teria sido um soldado, quanto mais um cabo, eu entrei no exército para se um datilógrafo,
eu era inofensivo, mesmo que eu adorasse a caserna, a ordem unida e sua hierarquia.
Para ser
militar é preciso ser agressivo e controlado na hora certa e ser candidato a enfrentar uma guerra, revolução ou
revolta armada, por isso os militares
eram chamados de guerreiros, coisa que eu não tinha concepção, pois no meu
mundo o que existia dalí em diante era o quartel , muita decoreba (assuntos militares teórico-técnicos), marchas e
condicionamento físico exigente, havia até manobras militares no meu primeiro
ano, para mim.
Armas para mim
era somente para enfeite, eu não via e nem sentia perigo algum, eu não tinha
medo de morrer, a morte para mim não existia, eu tinha medo do constrangimento,
de executar os parâmetros militares, eu me desliguei da instrução teórica que
recebi.
Devo crer que
todos viviam, eu estava ainda a compreender o meu próprio mundo e me preparando
para este mundo que jamais viria a mim mesmo com a mais efusiva instrução
militar, posto que fosse somente automação comportamental.
Meus
pensamentos procuravam o chão para reflexão, eu não via os olhos de ninguém, eu não olhava
para os olhos de ninguém, somente para a boca e nos cabelos, olho no olho para mim
era timidez e agressividade e tudo que
eu acabei de relatar é a verdade, nada mais do que a verdade, sendo a verdade
propriamente dita. Autor-decifrador Reginaldo Afonso Bobato
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