sexta-feira, 12 de maio de 2017

Calos nas mãos de minha alma

Calos nas mãos de minha alma

Eu posso dizer (modéstia a parte) que eu sei escrever porque minha alma enxerga mais do que meus olhos, e meus olhos cansados enxergam mais que a mais perfeita visão, e assim é preciso sair da zona de conforto.
Peito ao vento gelado e o sol com vergonha trás me uma bucólica nostalgia quando avistei ao frio um mendigo que me  cumprimentou sorridente mente dando a impressão que nada havia para se lastimar, era noite de sono, jornais ao chão sobre o colchão velho, ele não estava ali como alguns de classes ricas e abastadas, e dormiu, seus sonhos espiavam a vida de uma dama abraçada ao seu leito de amor viril, outro dia, mais um dia sem quase nada a esperar que não seja calos nos pés, humilhação e degredados filhos da pátria o que teriam para dizer sobre as escassas esmolas vindas dos soberbos que estão cheios de julgamento que os obriga a ocultar sua face tímida.
Então, onde eu estive, chorei, vi a dor revestida de saudade e me pus a decifrar este enigma que é o amor, que nos causa medo. Autor Reginaldo Afonso Bobato

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