domingo, 24 de abril de 2016

Lástimas



Lástimas




O destino quis me levar de onde nunca saí, quisera eu saber onde eu estava e o que eu era sem ser, o que eu fazia por crer, do que me diziam sem quase ninguém saber.
          Um dia qualquer eu teria que me lembrar, era imperfeição notória, degredadas informações.
          Chama minha atenção os fatos corriqueiros, longos anos para eu decifrar e sua certeza era demência, outro havia em mim e o desfecho de causa me fortalecia, mesmo assim, as vontades suplantadas, incólumes vertigens de um passado sem fim, delírios ocasionais.
          Seria como se eu tivesse tudo sem conhecer o mundo, um mundo aparte cheio de ilusões.
          Sinto até um calafrio pelos anos que passaram, estou vivo como se fosse eterno, só como a dúvida, verdadeiro como doutrinas sagradas.
          Descreveria um instante que eu queria ser de fato, um impulso à felicidade era somente um momento para eu ser eu mesmo sem ser ninguém naqueles momentos.
          Eu olhava para o chão cabisbaixo como que a procurar minha alma, plantar meu espírito e vivenciar momentos tão simples de grande envergadura.
          Se fosse para agir, que eu pensasse, o poder emana das palavras de sabedoria, um entre um milhão não as tinha e se a tinha de mim era ocultado, não sou retórico em afirmar. Autor Reginaldo Afonso Bobato

         

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